Inertia é:

 

 Reza Udhin e Alexys B

 

 Discografia:

 

"Infiltrator" Mcd 1995

 

 

 

 "Mind-Energy" Mcd 1996

 

 

 

 "Programmed To Respond" Cd 1997

 

 

 

 "Demagnetized/Remagnetized" Cd 1998

 

 

 

 "Negative Prime" Cd 1999

 

 

 

 "Positive Angel" Cd 2000

 

 

 

 "No Defect" Mcd 2001

 

 

 

 "Advanced Revelation" Cd 2002

 

 

 

 Compilações:

 

- Celtic Circle Sampler Vol 3

- Soundline Vol 1

- Elektrauma Vol 3

- Electronix 

- Celtic Circle Sampler Vol 4

- Reconstruction Time/Depeche Mode Tribute 

- The Dark Side of David Bowie/David Bowie Tribute

- A Krafty Move/Kraftwerk Tribute

- Soundline Vol 7 

- Celtic Circle Sampler Vol 5

- Cyberl@b

- Signal Patterns V.0.1

- Galactic Wav.S 

- Culture Shock Transmission 05

- Elektro Discharge 

- Glory of Destruction Vol 2

- Das Bunker: Electronic Untergrund Kultur 

- Interface V.0.1. 

- Maschinenwelt Vol 3

- Gothic? Sounds of Nightbreed Vol 3 

- Elektrauma 5

- The Unquiet Grave vol 2

- The Challenge from beyond, A Tribute to HP Lovecraft

- Resistor 

- The Darkside of Electronic Music 

- New Alternatives 5

- Carnival of Souls 

- Cyperpolis - A darker dancefloor 

-  Cryonica Tanz v.1 

- Don't blow your cover

- Covered in Nails pt 2

- Cold Hands Seduction 

- Nachtfarben 

- Cyberl@b vol 3

 

Mais um concerto memorável, mais uma banda a não perder, mais uma prova que Portugal ainda continua preso ao passado e que, infelizmente, poucos aderem à sonoridade Electo-Industrial.

Foi na passada noite de Carnaval, a 26 de Fevereiro, que os Inertia pisaram pela primeira vez os palcos portugueses. O evento deu-se no Hard Club em Gaia, uma excelente sala de espectáculos que já nos proporcionou óptimos eventos. A chuva não ajudou e pelos vistos o Carnaval é uma noite para sambar, uma vez que apenas se encontrava uma dúzia de iluminados a assistir ao espectáculo.

Quanto à actuação, apenas 3 dos elementos que constituem o projecto se encontravam em palco, o teclista, o vocalista e a baterista que também canta em alguns temas assim como o teclista. Revelaram-se uma banda bastante enérgica; mesmo com um público tão reduzido, ofereceram um óptimo espectáculo e não se limitaram a tocar as músicas e ir embora, pois voltaram após os encores pedidos pelos fãs. O vocalista não pára, sempre em movimento de um lado para o outro do palco, a baterista, com os seus corninhos de bruxinha (afinal estamos no Carnaval!) faz-nos sentir os ritmos fortes e agressivos que, com as programações e melodias sintéticas dos teclados, nos fazem dançar em todos os temas. A música é muito poderosa, não existe "inércia" neste projecto, antes muito movimento, muita energia que eles conseguem transmitir para o público, que apesar do frio - sim o Hard Club é muito frio quando está quase vazio, sobretudo nesta altura do ano - responde também com movimento, dançando ao ritmo das batidas cardíacas. É muito difícil descrever este tipo de espectáculo, pois não houve nenhum efeito visual em particular. A música "fala por si", e só estando lá é que se pode realmente perceber o que é que nos faz sentir. Muitos dirão que, no que respeita à música electrónica e industrial, é tudo o mesmo: sempre o mesmo ritmo, sempre os mesmos sons, o que é mentira. É preciso deixar entrar os ritmos no corpo, envolver-se pelas melodias, tentar decifrar os ruídos e sonhar com eles; recriar imagens interiores e deixar-se levar, sentir e imaginar as paisagens que os músicos nos tentam recriar e transformá-las de acordo com as nossas fantasias. Assim, aquelas músicas que nos parecem iguais vão tomar um significado diferente e vão ser sentidas e vividas de uma forma muito particular. É assim que eu me sinto depois de um excelente concerto como este dos Inertia. Tento manter na minha memória todas as imagens, todas as sensações que tive ao apreciar este espectáculo. Depois do concerto tivemos a possibilidade de conversar com eles. São bastante simpáticos e deram-nos a entrevista que se segue. Claro que não é nem uma quarta parte da longa conversa que tivémos o privilégio de ter com eles.

 

NSI: Como correu o concerto (a entrevista foi feita alguns minutos após a actuação dos Inertia)?

 

A: Achámos que correu bastante bem apesar da falta de comparência de público. Os promotores pensava que o local iria encher, provavelmente as pessoas estavam demasiado cansadas ou bêbadas para aparecer. Embora o Carnaval possa ter influenciado na comparência de público.

X: Bem, também estava a chover...

A: Apesar disso nós gostámos, estavam pessoas, a dançar, que estavam realmente a gostar do concerto. Esta foi a primeira vez que tocámos em Portugal. Eu vim cá há dois anos atrás com os Sigue Sigue Sputnik para tocar na Lotaria Nacional.

X: Ela ganhou....(Risos)

A: Esse concerto foi em play-back e marcou o regresso dos Sigue Sigue Sputnik. Divertimo-nos imenso.

 

NSI: No nosso país os Inertia ainda não são muito conhecidos....

 

X: Mmm... Isso pode ter tido alguma influência na falta de comparência de público...

 

NSI: Talvez, se os promotores vos tivessem anunciado como uma banda Nightbreed...?

 

X: Nós não somos uma banda da Nightbreed. Nós temos a nossa própria editora Cryonica Music.

A: Embora haja alguma colaboração de ambas as partes.

 

NSI: Em Portugal a maioria das pessoas do meio, compra os seus CDs com base nos Catálogos Nightbreed.

 

A: Numa das nossas digressões o público pensava que tocávamos musica gótica. O que nós não queríamos, ser rotulados como uma "Banda Gótica". Nós tocamos Musica electrónica. Nós não temos nada contra a Nightbreed, são uma boa editora. Nós apenas tivémos que seguir em frente, e formar a nossa própria editora dedicada ao Electro/EBM foi o primeiro passo.

 

NSI: Quando se menciona a palavra Nighbreed a primeira coisa que vem a cabeça das pessoas são os Midnight Configuration e Suspiria.

 

X: Existe uma grande mistura em Inglaterra entre Gótico e outros estilos musicais (gótico mistura-se com tudo). A Nightbreed pensava que conseguiria mais variedade assinando contratos com "Electro Artists". O que foi uma boa jogada para eles.

 

NSI: E acerca da vossa digressão com Das Ich e diferenças de estilos?

 

A: Das Ich começou como uma banda gótica que agora está a tornar-se Industrial.

Inertia: As pessoas nos US foram aos nossos concertos a pensar que éramos góticos (não existe muita mistura entre EBM e Gótico nos US).

A: A última vez que tocámos lá (US) fomos "rotulados" como banda EBM, o que atraiu o público correcto.

 

NSI: Houve alguma pressão quando estavam mais relacionados com a Nightbreed para mudar a vossa sonoridade?

 

R: Não! Eu acredito que a Nightbreed estava a tentar entrar noutro estilo musical. A Nightbreed é uma boa editora, mas nós sempre fomos uma banda independente. Nós nunca assinámos pela Nightbreed, apenas licenciámos a nossa musica a eles durante um curto período de tempo.

 

NSI: A maior parte das bandas do Reino Unido, pondo de parte VNV Nation , são muito pouco conhecidas na Europa continental. Até que ponto é fácil sair do Reino Unido para a Europa?

 

A: Resume-se tudo a publicidade e apoio económico. Ficar na ribalta é mais fácil para bandas como VNV Nation, Covenant porque estes tem o apoio de "managers" que têm recursos para comprar publicidade em especial em revistas: estes podem mesmo dar-se ao luxo de comprar folhas inteiras de publicidade. Isto acaba por influenciar o público, que é levado a pensar que se a banda se pode dar ao luxo de fazer tanta publicidade, realmente devem ser bons. Não, passa de um fenómeno de marketing.

 

NSI: Como as Spice Girls...(risos)

 

A: Sim. Nós não temos este tipo de apoio. Não somos "Starvings Artists" (risos) e temos de lutar por um lugar na ribalta.

(Um cão negro entra na sala com o começo de uma erecção)

A: Porreiro! Pornografia canina! (risos) Olhem: está a fazer um br.. a si próprio! (gargalhadas) Vai lamber Rheza! (Gargalhadas)

 

NSI: Voltando à entrevista, quais são os projectos principais da Cryonica além dos Inertia?

 

A: Bem, a compilação "Cryonica Tanz v.1" é a apresentação da editora, esta mostra o som das bandas que queremos. Duas das bandas incluídas fazem parte da Cryonica;: Man[i]kin e Void Construct (Man[i]kin ex Nightbreed). Estámos neste momento em negociações com os Fiction 8 e Razed in Black.

 

NSI: Os Razed in Black não são demasiado "roqueiros"? O som Industrial vindo dos US é um pouco orientado para o Rock.

 

A: Os US são um pais Rock.

R: Mas grande parte das bandas estão a mudar para electro.

A: Existe uma grande quantidade de bandas Americanas que estão a tentar mudar para "clones" de Covenant. Os Razed in Black são ainda uma banda agressiva.

 

Entrevista feita pela nsi-online e GothsAnonymous.

Tradução: J. Macau

 

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