Suicide Commando:

 

Johan Van Roy

 

 Discografia:

 

"Critical Stage" Cd 1994

 

 

"Stored Images" Cd 1995

 

 

"Contamination" Cd 1996

 

 

 

"Limited ContaminationI" Mcd 1996

 

 

"Contamination" Cd 1997

 

 

"Construct-Destruct" Cd 1998

 

 

"Re-construction" Dcd 1998

 

 

"Chromdioxyde" Cd 1999

 

 

"Comatose Delusion" Mcd 2000

 

 

"Hellraiser" Mcd 2000

 

 

"Mindstrip" Cd 2000

 

 

"Love Breeds Suicide" Mcd 2001

 

 

Amor, Inferno, Suicídio...

 

 

 

Directamente do Quartel-General dos Suicide Commando, Johan Van Roy, o homem por detrás de todas as operações, descreve-nos a sua visão da devastação musical que o seu comando tem vindo a produzir ao longo dos últimos 15 anos. Revelou-nos também alguns dos seus planos a curto prazo, pois os Suicide Commando não ficam por aqui na sua missão devastadora, agora com nova maquinaria mas com a mesma energia do passado.

 

 

 

nsi: Os Suicide Commando celebraram já 15 anos de existência! São agora famosos na cena alternativa, uma das maiores bandas electro-industriais do momento. Mas quando começaram não era assim tão fácil. Entre 1986 e 1994 lançaram apenas cassetes, o primeiro CD só veio a sair em 1994. Pode dizer-nos a essência por trás dos Suicide Commando naquele período, as dificuldades que tiveram em encontrar uma editora para o vosso primeiro disco?

 

SC: De facto, os meus primeiros trabalhos foram lançados em cassete, mas naquele tempo era o mais normal, só as melhores e mais famosas bandas podiam lançar os seus trabalhos em vinil ou cd. Na altura (início dos anos noventa), os cds não eram assim tão acessíveis, tornando muito difícil lançar trabalhos com esse suporte. Para além disso, as cassetes eram muito mais acessíveis, era uma maneira barata e fácil de chegar a muita gente, por toda a parte do mundo. Por isso não lamento só ter lançado o meu primeiro Cd em 1994. Hoje em dia é tão fácil lançar um cd que já não equivale a garantia de qualidade.

Por outro lado nunca tive dificuldades em encontrar uma editora que lançasse os meus trabalhos, aliás nunca tive que procurar nenhuma. Lançar um cd não era, para mim, o mais importante. Mas foi a Off Beat que me ofereceu um contrato, e lancei o primeiro cd em 94.

 

nsi: Neste primeiro período, antes do lançamento de “Critical Stage”, fizeram uma digressão como banda suporte dos Plastic Noise Experience. Como foram os vossos primeiros concertos ao vivo? O público foi receptivo?

 

SC: Foi uma experiência muito engraçada e nunca esquecerei o meu primeiro concerto como grupo de suporte dos PNE! Comecei os concertos ao vivo como “one man show”, mas agora somos 3 em palco.

Mas as reacções foram excelentes e convenceram-me a continuar.

 

nsi: Para além da digressão com os PNE, tiveram outras actuações ao vivo antes de 1996 e a Critical Image Tour?

 

SC: Sim, fiz vários outros espectáculos nesses primeiros anos. Não uma verdadeira tour, só concertos a solo em clubes mais pequenos... foi uma boa escola e conservo ainda boas memórias desses tempos.

 

nsi: Sempre estiveste sozinho nos Suicide Commando? Costumas ter convidados para te acompanharem nos espectáculos ao vivo?

 

SC: Sim. Suicide Commando foi, é e será sempre o meu projecto pessoal. Continuo a fazer tudo sozinho... música, letras, vozes...

É certo que trabalho com músicos convidados de vez em quando, e em palco estou agora acompanhado por duas pessoas nas teclas, samples e efeitos…

 

nsi: Tens muitos projectos paralelos a Suicide Commando. Como geres tudo ao mesmo tempo?

 

SC: Bom, eu TINHA muitos projectos paralelos, para ser preciso. Mas, infelizmente, já não tenho tempo para continuar com a maioria deles... É que trabalho 5 dias por semana num grande armazém, pelo que só posso trabalhar na minha música no meu tempo livre.. e infelizmente Suicide Commando toma-me conta de quase todo.

Já não tenho tempo para trabalhar em projectos como Lescure 13, db.F… é uma pena, mas quem sabe o que reserva o futuro?!

 

nsi: Mas Suicide Commando é o teu projecto principal?

 

SC: Sim, é certo… gasto praticamente todo o meu tempo livre com Suicide Commando. Leva-me muito tempo.

 

nsi: Tens imensos hits, talvez o maior tenha sido “See you in hell”. O teu último lançamento “Mindstrip” teve um grande impacto na cena alternativa. A música “Hellraiser” foi um grande sucesso. Achas que pode ser considerado um marco na tua carreira? Talvez a recompensa por 15 anos de trabalho intenso?

 

SC: Bom, eu acho que “Hellraiser” foi um êxito ainda maior que “See you in hell”. Acho que Suicide Commando se tornou muito importante e a resposta depois do álbum  “Mindstrip” foi tremenda. Nunca pensei que fizesse tanto sucesso. Claro que estou muito feliz com isso e é uma recompensa maravilhosa pelo duro trabalho ao longo de 15 anos.

 

nsi: Como está Suicide Commando, depois de 15 anos? As ideias e conceitos mantêm-se os mesmos? Há mudanças?

 

SC: Não acho que muito tenha mudado, continuo a trabalhar da mesma forma que há 15 anos atrás. Continuo a fazer as coisas que gosto, nunca cedi a tendências ou modas, mantive-me sempre fiel às minhas raízes, os bons velhos 80´s EBM. 

A única coisa que mudou é o uso de melhor e mais avançado equipamento, melhor qualidade... basicamente o lado técnico.

 

nsi: Durante a Mindstripping tour, só actuaste na Alemanha? Que eu saiba só tens 2 concertos planeados para este ano, por enquanto. Podemos esperar mais espectáculos ao vivo em 2002? E em relação a Portugal, há planos?

 

SC: Bem, fizemos também alguns espectáculos fora da Alemanha, mas não uma verdadeira tour... por exemplo, estivemos em Inglaterra, França, Áustria, Suécia, Holanda, Bélgica...

E claro que podes esperar mais espectáculos ao vivo em 2002!! Vamos a vários festivais de verão, como WGT em Leipzig (Alemanha), M´era Luna (Alemanha), Eurorock (Bélgica)... e esperamos ir ao sul da Europa pelo fim do ano. No entanto acho que não vamos ter nenhum espectáculo em Portugal... talvez em Espanha, Itália e Grécia... A ver vamos...

  

nsi: Quais os projectos para Suicide Commando no novo milénio? Queres deixar alguma mensagem aos teus fãs?

 

SC: Comecei agora a trabalhar num novo álbum, espero acabá-lo até ao fim do ano. Acho que vamos lançar um novo single antes do álbum, e faremos com certeza uma digressão pela Europa a seguir. 

Para finalizar queria dizer olá a todos os meus fãs portugueses e agradecer-lhes todo o apoio nestes últimos 15 anos!

Obrigado pelo vosso apoio e mantenham-se electronix!

Até à vista...

 

 

Leonel Silva

(Março 2002)

Tradução: a. Guedes

 

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