Technoir:
Julia Beyer e Steffen Gehring + Stephan Altengarten (live keys)
Discografia:
"Eingenspace" Cd 1996
"Sea Leavel" Cd 1998
"Sample" Demo-Cd 2000
"Samples" Demo-Cd 2000
"Requiem" Mcd 2001
"Groundlevel" Cd 2001
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Um projecto a não perder de vista
Os Technoir surgiram em 1997 tendo como mentor Steffen Gehring, ao qual se juntou mais tarde o segundo membro Julia Beyer. Estes acabaram de assinar um contrato com a conceituada editora Bloodline, editora das bandas Funker Vogt, S.P.O.C.K, Decoded Feedback, etc. o que nos despertou atenção. Fizemos uma entrevista aos Technoir para descobrir mais acerca deste projecto:
nsi-online: Quando começou o projecto Technoir?
Steffen Gehring: Em 1995 eu comecei a produzir músicas sozinho. Nesta altura não tencionava iniciar nenhum projecto. Então em 1996 conheci Stephan Kalwa dos Plastic Noise Experience (PNE).Decidimos gravar algumas músicas instrumentais e chamámos a este projecto Eigenspace. Em paralelo a estas actividades eu concentrava-me nas minhas músicas, começando a levar as coisas de uma forma mais séria. Nos inícios de 1997 eu já tinha uma boa quantidade de músicas com utilidade e decidi começar o meu próprio projecto ao qual dei o nome de Technoir. O nome foi retirado de um disco, que aparece no filme Terminator. Os PNE estavam-se a preparar para a digressão Rauschen e convidaram-me para me juntar a eles como teclista ao vivo. Durante a digressão dos PNE terminei as sessões de gravação do que seria o nosso primeiro álbum Sea Level. Isto foi o início! Muito mais tarde em 1999, eu conheci a Julia Beyer, cantora dos Inside (psyche side project) e decidi continuar os Technoir com ela.
nsi-online: Como teclista dos PNE, estes influenciaram-te na composição das musicas dos Technoir?
Steffen Gehring: Para além do facto dos Technoir e dos PNE fazerem musica electrónica, os technoir são diferentes em vários aspectos. Os Technoir são mais melancólicos e menos minimalistas do que os PNE. Mas eu posso dizer que fui influenciado positivamente pelos PNE, o que me levou a fazer música electrónica de forma mais seria. Eu gostei de estar em digressão com Claus, Stephan e Rene e podia identificar-me com a sonoridade deles. Claus também se identificava com musicas dos Technoir, as quais fazem parte dos concertos dos PNE. Ao ouvirmos o álbum instrumental Eigenspace , resultado do meu trabalho e do Stephan Kalwa's podemos encontrar influências mais marcadas. Aqui temos 50% de minimalismo dos PNE e os outros 50% de melancolia dos Technoir. (Smile)
nsi-online: O que retractam as letras dos Technoir?
Steffen Gehring: As letras são sobre relações, desejos, sonhos e medos. O EP Sea Leavel é mais orientado para as pistas de dança. A voz um quanto agressiva pode ser vista como um instrumento na globalidade do som. Embora não tenha dado muita atenção à voz nessa altura, esta tem um efeito poderoso no resultado final, esta adiciona dançabilidade e atmosfera ao som. Em contraste, o primeiro álbum Eigenspace (Instrumental) é mais calmo.
nsi-online: Os Technoir assinaram um contrato com a editora Bloodline para o ano de 2001. Como vos surgiu essa oportunidade? Sendo a maior parte das bandas desta editora conhecidas mesmo antes de assinarem por esta.
Julia Beyer: Tens quase razão, mas também podemos encontrar outras bandas que nunca gravaram um álbum antes, como os Re-work ... De certo que é difícil arranjar um contrato de gravação nos tempos que correm! Eu apenas enviei algumas Demos e a Bloodline foi a única a responder! Eu também penso que tivemos uma grande vantagem, pois nós não somos realmente novos neste negócio. tivemos a oportunidade de produzir a nossa demo junto com Winus Rilinger (Eternal Afflict, Inside,...) e tanto o Steffen como eu juntámos experiência em outras bandas e estes factos realmente ajudaram muito (Sorriso).
nsi-online: Para quando podemos esperar um novo álbum?
Julia Beyer: Está planeada a edição de um single nesta primavera sendo seguido de um álbum. Infelizmente ainda não temos datas...!
nsi-online: Planos para actuações ao vivo?
Julia Beyer: O nosso próximo concerto é dia 9 de Fevereiro em Neuss, Alemanha no Haus der Jugent, juntamente com Klirrfaktor e Behind the Scenes! Existem outros concertos em vista mas ainda não estão confirmados.
nsi-online: Qual a vossa opinião sobre o cenário eletro-industrial?
Steffen Gehring: Não é fácil de responder a esta pergunta; eu tenho estado no meio electro desde há bastante tempo, desde que eu vi os Front242 em 1986. Nesses dias era relativamente fácil para as bandas chamarem a atenção com sons electrónicos mais agressivos do que bandas como Depeche Mode estavam dispostas a criar. Hoje em dia esta tudo estabelecido, entre soft synthpop até ao agressivo industrial noise. Especialmente na Alemanha o meio electro está muito espalhado. Mas mesmo aqui gostava que as pessoas tivessem a mente mais aberta perante novos estilos musicais. Muita gente gosta de ficar agarrada às suas velhas músicas favoritas e ainda dançam ao som de Headhunter ou Let your body learn. Mas provavelmente este é o comportamento da generalidade dos seres humanos (Sorriso), eu também gosto de algumas gravações antigas (Sorriso). Vocês estão a provar o contrário, têm a mente aberta pois estão a fazer uma entrevista com os Technoir.
nsi-online: Últimas palavras?
Steffen Gehring: Sem grandes palavras, apenas um grande obrigado pelo vosso interesse nos Technoir. Saudações da Alemanha.
Pedro Magalhães (Janeiro 2001)
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WAVE IN HEAD Ivory Frequency Crüxshadows Neuropa Project X Flesh Field
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